domingo, 28 de março de 2010

A sombra..


A sombra opondo-se à luz, simboliza as coisas que são irreais e que estão em constante mudança. Jung considerou a sombra como tudo aquilo que o sujeito recusa conhecer ou admitir, mas que, apesar disso, se impõe sempre. Por exemplo, os aspectos de carácter inferior. Esta sombra projecta-se nos sonhos, na figura de certas pessoas, que são apenas reflexos do inconsciente.
Esta mesma sombra manifesta-se também através de palavras e actos impulsivos e incontrolados. Muitas vezes, o indivíduo receia tomar consciência destas tendências, provenientes da sombra do inconsciente. Contudo, é conveniente que elas passem à luz da consciência, a fim de serem dominadas...
"Todas as sensações, sombras, desejos, emoções escondidas ao nível do subconsciente são puras e selvagens na medida em que ainda não foram racionalizadas e colocadas ao nível da consciência; é o que se passa com a aculturação dos indivíduos; muitas vezes, é a sociabilização e a consciencialização que fazem nascer outro tipo de conceitos como a vergonha, o pudor, o cinismo, etc. Não me importo de ter as minhas sombras; gosto da parte de mim que não controlo; gosto porque gosto; sinto porque sinto; às vezes, é bom não ter o domínio e o controlo de tudo."

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