Há certo tempo havia uma menina que adorava descrever tudo o que via, descrevia com desenvoltura todas as coisas ao seu redor lindamente.
Certo dia escreveu uma poesia e se ressentiu por perceber o quanto ela era triste, o quanto ela era dela e o quanto estava triste por ser como ela.
Aquela foi sua última poesia e ela seguiu em frente, sem se importar com as palavras que lhe acompanhavam, até cair em um poço profundo com todas elas.
Tentou salvar as palavras num grito, atirando-as para longe, mas temia ficar só com o barulho do eco, então acuou-se com as palavras por longos anos, no profundo poço escuro.
Sem ter o que fazer para passar o tempo, voltou a utilizar as palavras para montar pequenas frases, que aos poucos lhe trouxeram o entendimento. Descobriu caminhos, possibilidades e por fim, encontrou face a face novamente sua tristeza - percebeu o quanto ela era grande e perigosa, mas aceitou conviver com ela.
A menina e a tristeza se tornaram muito próximas, e a tristeza foi ficando o quanto pôde, enquanto suportou a presença das palavras.
Um dia a tristeza decidiu partir. As palavras lhe traziam inveja tomavam conta da menina ela já não fazia efeito as frases haviam virado versos e as rimas eram cada vez mais belas mesmo com as palavras velhas...
A menina ficou triste ao ver a tristeza, com quem conviveu por tanto tempo, se esvair, mas não teve nem tempo de se entristecer. Neste instante ela viu nos seus versos as mais belas palavras, brilhantes e limpinhas, novinhas em folha. Eram as mesmas que brincara antes, suas amigas, mas com outro vigor, outra energia. Estavam ali, prontas para tirar a menina do poço escuro, a convidando para brincar ao sol, para sentir a vida. Sem a proteção do poço e nem da tristeza, mas correndo o risco de sentir a beleza da felicidade, que outrora não conhecera.
Certo dia escreveu uma poesia e se ressentiu por perceber o quanto ela era triste, o quanto ela era dela e o quanto estava triste por ser como ela.
Aquela foi sua última poesia e ela seguiu em frente, sem se importar com as palavras que lhe acompanhavam, até cair em um poço profundo com todas elas.
Tentou salvar as palavras num grito, atirando-as para longe, mas temia ficar só com o barulho do eco, então acuou-se com as palavras por longos anos, no profundo poço escuro.
Sem ter o que fazer para passar o tempo, voltou a utilizar as palavras para montar pequenas frases, que aos poucos lhe trouxeram o entendimento. Descobriu caminhos, possibilidades e por fim, encontrou face a face novamente sua tristeza - percebeu o quanto ela era grande e perigosa, mas aceitou conviver com ela.
A menina e a tristeza se tornaram muito próximas, e a tristeza foi ficando o quanto pôde, enquanto suportou a presença das palavras.
Um dia a tristeza decidiu partir. As palavras lhe traziam inveja tomavam conta da menina ela já não fazia efeito as frases haviam virado versos e as rimas eram cada vez mais belas mesmo com as palavras velhas...
A menina ficou triste ao ver a tristeza, com quem conviveu por tanto tempo, se esvair, mas não teve nem tempo de se entristecer. Neste instante ela viu nos seus versos as mais belas palavras, brilhantes e limpinhas, novinhas em folha. Eram as mesmas que brincara antes, suas amigas, mas com outro vigor, outra energia. Estavam ali, prontas para tirar a menina do poço escuro, a convidando para brincar ao sol, para sentir a vida. Sem a proteção do poço e nem da tristeza, mas correndo o risco de sentir a beleza da felicidade, que outrora não conhecera.
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