segunda-feira, 16 de março de 2009

Sinceridade...

Sou muito sincera. isso me custa muita coisa... amizades, relacionamentos, crises familiares... nunca deixo quieto algo que passa comigo, principalmente algo que sinto.
Dessa vez não foi diferente... nunca nego ou tento fugir do que se passa dentro de mim. encaro de frente, falo com a maior clareza possível. se necessário, digo com todas as letras o que acontece, algo raro em discussões especialmente em alguns relacionamentos.
Apesar de toda clareza, nem sempre o feedback é positivo, claro... mas esse risco eu pago pra ver (que inocente)... na semana passada fiz isso... paguei pra ver... o resultado me deixou mais confusa do que já sou. Me senti mais sozinha que nunca, porque por mais que eu falasse, a voz do outro lado calou-se. Continuei despejando sentimentalidades, lágrimas, intensidade. E o outro lado.. mudo... Não ouvi de volta o que gostaria. Talvez não desejasse nada. Um “não faça isso...” ou “pense melhor...” ou até um “não me importo...” seria mais confortante que o silêncio. Silêncio que me tortura agora. Quem me conhece sabe que não sou de ficar quieta muito tempo, mesmo escrevendo sinto necessidade de FALAR.
As músicas continuam numa perseguição louca atrás dos meus pensamentos... Eles tentam ser autênticos, mas elas grudam e os moldam.
E o silêncio.. Ahh!! Esse é pior que ficar nas músicas.
Ao menos, estas podem mudar meu humor... me dão um outro ponto de vista. O silêncio corta tudo, só os pensamentos fluem nele. E tenho medo do que pode acontecer se eu deixar ele chegar perto. Prefiro que as músicas tentem descrever o que sinto. Se eu mesma o fizer... hummm... vamos tentar...
Tenho um sentimento forte, que me deixa com nó na garganta quando penso no que acontece.. no que aconteceu.. na minha vida.. nele.. na verdade.. em todos eles... na minha vida inteira..
Sentimento que me faz fechar os olhos e prestar atenção no respirar, nas mãos suadas. Me faz querer me abraçar, me sentir abandonada, frágil, e ao mesmo tempo dona da situação. Pra mudar, depende de mim.... basicamente. Por outro lado, me sinto impotente, dependente, precisando que alguém me dê uma direção, um sinal. Sem esse sinal fico estagnada, sem reação. Mas esse tempo de reflexão só provoca mais confusão dentro de mim, crio hipóteses... imagino coisas... melhor prestar atenção na música. Melhor balançar a cabeça lembrando de alguém, rindo de alguma lembrança... de algum momento especial que só a musica pode trazer a sensação de que possa existir novamente..

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